domingo, 9 de abril de 2017

FAZENDO ARTE DE TARDE

   Lá estavam eles, meus alunos de qualquer dia e de qualquer professor. Eles são aquilo que ainda não são: alinhados com a sua própria turma. Estão fora do fluxo de aprendizado e por isso precisam de reforço, uma superdose de glicose de conhecimento para "chegarem junto" com os outros colegas que avançam a cada série. "Pisaram na bola" e não aprenderam como deviam. Estão de recuperação por enquanto. Mas isso nem vem muito ao caso. O importante é que eles estão ali para serem "melhorados". Os alunos da correção de fluxo são considerados por muitos professores como caso perdido. Eu já acho que todos estão se achando ali. Eu os acho muito bons. Talvez apenas preguiçosos. Nós professores precisamos energizá-los para podermos levá-los à frente. Se não vão de um jeito, vão de outro. Caminhos não faltam. Falta talvez combustível. De qualidade. Habilidade para conduzir o aluno na aula. Rumo ao aprendizado.
   Esta semana foi uma daquelas que te poem à prova. Tê-los ali na sua frente exige que você, professor, saque da manga um trunfo para dar a virada no jogo. Inspirar no aluno o gosto pela aula é a maior jogada de mestre que pode existir. Fazê-los mergulhar no projeto de aprendizado é o alvo principal.
   Não foi preciso muito trabalho para conseguir deles esforço conjunto para atingir a meta da aula. Bastou que eles tivessem noção da importância da arte na vida humana e o que ela é capaz de produzir na alma do indivíduo para que eles logo se jogassem à deliciosa tarefa de produzir arte apenas brincando. E foi isso que fizeram.






quinta-feira, 30 de março de 2017

BATALHA NA ESCOLA

Meus alunos são uma "benção". Estão sempre prontos a sabotar minha aula. Já me acostumei com isso e sei lidar com esse problema corriqueiramente. Eu também aprendi a ser terrorista quando esbarro com eles em momento de ação repentina. Nosso campo de batalha atualmente é na sala de leitura. Ali eu os tenho sob minha mira constante e não hesito em bombardeá-los sem pena. Mas quando eles vão pra ali, é pra que eles apresentem resultados a partir do que lhes é colocado como conflito gerador. Seja um pequeno texto com tema de fácil compreensão para a partir disso eles exporem sua visão. Seja um filme para posterior debate envolvendo várias questões maiores. O importante que ali a  coisa fica séria e o tempo, que já não é muito extenso, fica refém da ação entre professor e alunos. Nessa primeiras semanas que abriram o ano de 2016, o que mais setem visto ali na sala de leitura é um confronto implacável entre ideias e palavras. Sem muito tempo para falação desproposital.